segunda-feira, 28 de junho de 2010

Miranda no meio do mundo


Semana passada o Miranda esteve aqui nas terras tucujus, graças ao Itaú Rumos Música 2010. Ele acabou aproveitando para dar uma esticadinha, conhecer um pouco a cidade, mostrar uns sons e, claro, ensaiar conosco.

É, sem dúvida estamos positivamente ansiosos com a gravação do disco! Miranda é bom demais e muito gente boa, divertido que só! Uma música do ensaio foi gravada...vejam ai, digam o que acharam!


As imagens e edição foram feitas pelo Daniel Nec!

sábado, 26 de junho de 2010

Conexão Vivo Belém




Velho, já se passaram alguns dias desde que voltamos de Belém, por isso faço apenas uma nota de como foi lá.
Primeiro, devo dizer que foi muito bom retornar à cidade das Mangueiras, onde há pouco mais de dois anos atrás, iniciamos definitivamente nossa vida enquanto banda, no Festival Se Rasgum de 2008.


Com Fábio Gomes, do blog Som do Norte

O evento aconteceu no pier da Casa das Onze Janelas, no bairro da Cidade Velha. Fomos a primeira banda do primeiro dia. Ainda no backstage encontramos velhos conhecidos, como o querido Blue, e avatares que finalmente se tornaram reais, como foi o caso do jornalista super apaixonado pela cultura nortista, o Fábio Gomes, do Som do Norte.



O show foi bem suave, afinal, nos sentíamos em casa! A cidade é vizinha de Macapá, o clima e a cultura sao extremamente semelhantes, além de que Otto, Ppeu e Sady nasceram lá e, eu e Alexandre, moramos em Belém por um tempo - a Helu sempre passava férias lá também, rs! Bem, só sei que o som tava lindo, o público tava animado (fodas!), tinha até ventinho vindo da beira do rio que passava por baixo das batas que era uma beleza, hehe! E do palco, dava pra ver amigos e vários rostos familiares. Durante o evento pudemos ver (e conhecer) shows super bacanas, como o da Nina Becker e do Romulo Fróes, e rever os meninos Do Amor e Caldo de Piaba.


Na verdade, foram duas apresentações na noite. Depois do Conexão, fizemos o Baile dos Capuletos, festa dos djs do Coletivo Pogobol em parceria com o Coletivo Megafonica ( Ponto Fora do Eixo de Belém), que rolou no bar Palafita. Fomos devidamente fantasiadas tipo anos 20, o pessoal estava devidamente doido, e a festa divertida deveras. Saímos de lá umas 7h da manha, e ainda ficou um gostinho de quero mais...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Cara Trava, o Caramujo

Hotel de festival é a parte dos bastidores onde acontece aquele um milhão de historinhas típicas do universo rocker. Outras não tão constantes assim. Vamos ao cenário: Cult Hotel, Recife-PE. Situação: madrugada do segundo dia do Abril Pro Rock. Personagens: vetado (pero no mucho).

Todo mundo se aproveita de uma porta entreaberta, mesmo que do outro lado tenha um gótico maluco de cueca, igual a um panda de tanta tinta preta escorrendo ao redor dos olhos. O voyer em questão tem opções estranhas, é verdade, mas calham com a dose de disposição de espírito de um integrante da Mini Box Lunar na mesma medida que cabe ao gótico exercitar sua estranheza em frente ao espelho. Enquanto o primeiro corria um risco excitante e deliberado, rindo mudo pelos poros, o outro jogava com as perspectivas de observado e também de observador do voyer pelo espelho. De repente, jogava-se o jogo de olhares tipo aquele descrito por Foucault em As Palavras e as Coisas, na análise sobre Las Meninas, de Velásquez.

O gótico dançava lentamente com as mãos numa posição meio egípcia. Travava no ar e mudava de lado novamente. Até que de súbito flagrou seu observador, não mais pelo espelho, virando rapidinho com as mãos em frente aos olhos como se segurasse um binóculo. O voyer se assustou na primeira vez, mas depois de umas tantas repetições da coreografia egpcio-binóculo-egipcio preferiu se divertir mais um tempinho.

Essa história foi contada no decorrer das estradas umas quinhentas vezes e dela surgiu a coreografia “o cara trava, o caramujo” que você pode conferir nos vídeos dos shows da Mini Box Lunar e do Nevilton nesta 2° Turnê Fora do Eixo Nordeste. É só acessar o You Tube.

sábado, 5 de junho de 2010

Falando, jogando e tocando canções


Comprei um controle novo e falsificado pro Playstation do meu sobrinho, Caio. Ele ganhou um jogo de corrida pirata do avô, que também é o meu pai – óóó. Eu não lembro o nome do jogo, mas posso afirmar com o meu parco conhecimento sobre o assunto que ele é muitíssimo divertido e precisava de dois controles. Tem umas fases que a gente precisa empurrar os carros da pista para aumentar a velocidade do seu carro, mas isso não tem nada a ver com o tema desse texto...

Em partes! Tem a ver um pouquinho. Há uns cinco anos eu zerei o meu primeiro jogo no Playstation, o Alone In The Dark. Esse jogo é incrível e como copiei ele semana passada na locadora, pretendo zerá-lo novamente no meu intervalo de almoço do trampo. Ah, eu gosto mais do que do Resident Evil e gosto na mesma medida do Silent Hill, que nunca cheguei a zerar. Mas isso também não importa para o momento.



Importa dizer que o jogo do Pokemon – um que é tipo umas Olimpíadas de provas fofinhas – é muito mais legal que o Mário Kart. Só que Mário Kart tem os valores agregados de todos os Mário’s que já pintaram. O meu primeiro foi o do Dynavision. Super facinho e chatinho. Eu mesma zerei várias vezes. Mas os mais legais eu joguei nuns Nitendo de amigos. Na época, eu fazia informática e esse era o brinquedo novo. O engraçado é que eu sei de informática tanto quanto sei de videogames: pouco.




E, claro, respeitando, a autoridade dos Mário’s, eu escolhi o Kart, pra jogar contra a Bianca Jordão no programa Combo Fala+Joga da PlayTv. Foi muitíssimo divertido. Ganhei dela algumas vezes e ela nem ligou. Mas o mais importante é que eu continuei falando. O mesmo não aconteceu com o Sady - que titubeia quando faz uma coisa de cada vez, imagine duas juntas - e o Ppeu que só foi pra jogar, claro que venceu todas as partidas. Ele passou a viagem inteira com abstinência de game e só conseguiu largar o controle com a intervenção da pistola de choque do segurança da emissora. Mentira!

A equipe nos recebeu muito bem e tinha até um camarada que já morou na terra natal do Otto, como ele contou no post Assim, Macapá fica perto... Encontramos também Rodrigo Lariú, do selo Midsummer Madness e que esteve em Macapá na I Semana de Música do Coletivo Palafita. Bianca é super doce e a conhecemos no Goiânia Noize. Foi super legal!



Os jogos que Sady, Ppeu e os outros escolheram, a performance da Mini Box Lunar e de Bianca Jordão no game, dentre otras cositas, poderão ser curtidas no Combo: Fala+Joga que vai ao ar no dia 11/06- Sexta-feira, às 22:00hs pela Play Tv - canal 86 da Sky, 13 da Net Brasília, 30 da TV Oi Belo Horizonte e 430 do DTH da Oi. Além disso, pode ser vista gratuitamente, por streaming e on demand, pelo site www.playtv.com.br. A repitota sai Sábado (12/06) às 06:30hs / 12:00hs / 17:00hs.

Por Helu Quintas

terça-feira, 1 de junho de 2010

Swinging rendez-vous!!!


Já cheguei a esquecer meu próprio aniversário, lembro. Nunca tive muita noção do tempo, quase sempre me vejo perdida do dia/data/hora das coisas. De vez em quando rola uns papos desses com a gente, parece.

Certa vez, durante a II Tour Fora do Eixo NE, estávamos numa manhãzinha quente na cidade de Vitória da Conquista-BA, quando não mais que de repente mademoiselle Heluana Quintas resolve levar seu corpinho magro e figurino retrô marcado por sandálias franciscanas, calça jeans boca de sino azul clara, camiseta amarelo mostarda de botões e mangas longas, colete vermelho bordô que passava da altura do bumbum, um óculos de sol onipresente, redondo e bem grande, além de muitas pulseiras e colares, -onde ela ia mesmo?- à padaria. Após comprar uns cigarros e sei lá mais o que, finalmente, pergunta ao vendedor.

- Moço, que dia é hoje?
- Hoje são 23 de abril.
Ele a olha dos pés à cabeça, e prossegue:
- Queres saber o ano também?!
- ...!!!

Só pra descontrair, rs. Tá, o que queria dizer é que:

1. Esqueci que a viagem pra Sao Paulo era já na quinta (!).
Fiz a mochila apressada antes de ir ao trabalho no jornal, do qual só saí às uma e meia da matina, direto pro aeroporto. Mas ok, isto é só um gancho pra falar da volta a Sao Paulo mesmo, hehe.
Era manhã ainda quando Otto foi nos buscar com Lincoln, estavam cheios de histórias e aventuras que foram contando durante o típico engarrafamento paulistano (bem-vindos! - dizia a cidade)! Apesar do pouco tempo, conseguimos ir ao bairro da Liberdade (eu e alex) e na casa do Carlini (helu).
As 17h estávamos no Sesc pra passar o som, uma equipe foda nos recebeu e deixou tudo belezinha no palco - valeu!! Além do Coisa Linda Sound System (AL), que tocou antes da gente (os conhecemos durante a tour no Nordeste), rolou no mesmo horário o show da Bebel Gilberto, que só pudemos espiar em sua passagem de som.

No Sesc Pompéia, participação do Chicão

Nosso show foi muito divertido (apesar do meu resfriado)! Inclusive, tivemos finalmente a participação do nosso querido amigo Chicão (vocês já devem saber de quem se trata, é um dos nomes mais citados aqui, depois do Lincoln!), tocando conosco " Cabine 103" - que por acaso ficou mais liga-torta-bad-trip-ao-cubo, louquíssima!
Revemos muita gente bacana e conhecemos um pessoal massa, um deles foi o Jacaré (que faz iluminação da banda Eletrogroove, do Chicão), que gravou o finalzinho do show, quando voltamos pra tocar "Soda", como bizz (ulha disk!).


Obs: um abraço ao Jacaré e ao divertido trio de amigos que chegou com gente no final do show, indignados por nossos cds terem terminado! haha!

2. Lá, fomos numa feirinha de antiguidades.
Heluana me acordou com a proposta de ir à feirinha que ocorre todos os domingos lá na Teodoro Sampaio, em Pinheiros. Ela já tinha me dito várias vezes, encantada, o quão delicioso era ir lá, e que combinava muito com a gente.

Chapéu: anos 20 (detalhe pro lado)/ anos 40 (detalhe pra frente)

Num dos stands, meu corpo paralisou. Um batom vermelho numa boca fina de dentadura amarela falava aos clientes sobre seus produtos - rapidamente se faziam platéia: ela vendia utensílios da Segunda Guerra. Aquele rosto não precisava de expressões -tão drásticas eram suas rugas-, emoldurado por secos cabelos brancos em chanel, com rala franja; seu óculos de grau era gateado e com aros grossos, tipo de madame francesa; o casaco pesado, branco com uns pontinhos pretos, suavizavam a dificuldade dos seus gestos.
Olhei pra Helu e ela me encarava, rindo da situação. Não precisávamos dizer nada: aquela senhora nos lembrava um filme que gostamos muito, uma animação francesa chamada Bicicletas de Belleville! Não é raro nos encontrar cantarolando por aí "J' veux pas finir ma vie à Accapullllllllcoooo "!
Pra quem não conhece e pra quem quer relembrar, aí vai:


Por toda quadra o mofo bem cuidado das máquinas fotográficas, filmes, telefones, rádios, instrumentos, quadros, posters, fósforos, máscaras, livros, acessórios, óculos e roupas, me encantavam - como suspeitei que fosse acontecer. É, realmente tudo combinava demais conosco, exceto com nossos bolsos!
O que pudemos fazer, então, foi levar tudo na memória e tirar essa fotografia acima, inspirada na vovózinha. =]